Fibra

Gincana 'Descobrindo Novos Horizontes': Grupo 9

 OS VIAJANTES “CIDADANAIS” 

Niterói 

Giovanna, Lincoln, Sophia, Heitor, Jamile e Matheus decidiram fazer uma viagem a  Niterói, a ideia foi de Giovanna, pois se lembrou da música “Nosso Sonho” de  Buchecha e Claudinho na parte “Ou em Niterói”. Lá tem praias lindas, a última vez  que a garota foi à praia tinha 2 anos. 

O grupo de amigos levantou às 7:00. 

Giovanna finalmente decidiu quebrar o cofrinho. Tinha R$200,90. Combinaram de  ir de ônibus convencional e levar alguns pertences. Levaram seus celulares,  roupas, um radinho, ursinho Haribo e bolinho Ana Maria para comerem mais  tarde. 

Entrando no ônibus, cada membro realizou a viagem individualmente. A viagem foi  longa mas teriam seus pés oficialmente em Niterói. A cidade foi habitada por  índios tupinambás e depois colonizada por portugueses no século XVI. Fundada  em 1573 por um líder indígena chamado Araribóia que aliou-se aos portugueses  na batalha contra os franceses. 

 O grupo se encontrou no McDonald’s. Assim que se avistaram, pediram  imediatamente os lanches, pois estavam com fome. O quarteirão era caro demais,  Giovanna não tinha dinheiro suficiente então Jamile emprestou a ela. Um dia  pretendia devolver, porém talvez demorasse um pouco. 

 Após terminarem de comer, foram à praia de Icaraí. Brincaram de corrida,  Lincoln trouxe um uno, mas no meio do jogo o vento levou as cartas, então  Giovanna os ensinou a jogar xadrez, foi ótimo, mas queriam algo diferente então  se divertiram jogando vôlei e futebol com uma bola de folha sulfite e fita crepe que  Giovana tinha guardado. Foi quando Heitor chutou a bola tão forte que bateu  contra a churrasqueira de um uma família, nunca correram tanto em suas vidas, 

pararam no campo de São Bento, que logo fecharia. Tinham levado brinquedos e  alimentos, só esqueceram da parede e teto. Andando um pouco, chegaram a uma  pousada. Matheus e Sophia por sorte pagaram. A atendente olhava com um olhar  suspeito para eles, quando perguntou: 

— Onde estão os seus pais?— Ela pergunta. 

—Pais? Nós somos apenas pessoas baixas né, gente?— Lincoln respondeu. Concordaram relutantes, mas deu certo. 

Quando foram ao quarto, sentiram algo pendente a fazer, uma guerra de  travesseiros e comer o ursinho Haribo que haviam guardado. Finalizando a noite  assistiram “Tente não rir” e jogaram jogos virtuais. 

Na manhã seguinte escolheram ir a alguns pontos turísticos de Niterói já que  queriam aproveitar o dia. 

Chegaram no museu de arte contemporânea, eles não são fãs desse tipo de arte,  mas elas eram lindas. Acabaram indo a estátua do ator Paulo Gustavo de “Minha  mãe é uma peça”. 

Dois dias depois conversaram e concluíram que deveriam viajar para mais duas  cidades: Maragogi e Florianópolis. 

Maragogi 

Maragogi também foi habitada por indígenas, os Caetés. Os portugueses  chegaram para colonizar a região que passou por um processo de adaptação para  a economia em relação ao açúcar. Inaugurada em 1875, seu nome veio do Tupi,  derivado de “Maragûaó”, que significa rio-dos-gatos-do-mato. A cidade tem 148 

anos. Todos acharam ótimo viajar para essas cidades, pois além das paisagens  conheceriam sua história. 

Dessa vez Giovanna veio mais preparada e levou dois cuscuz paulistas mas todos  recusaram, Heitor levou três marmitas, Sophia levou feijoada, Jamile levou uma  caixa de coxinha, Lincoln levou 12 sanduíches com patê em uma vasilha para  dividir, Matheus trouxe bolo de chocolate. 

Escolheram ir a Maragogi, pois foi ideia da Jamile que admirou as praias na  internet e como visitaram as praias de Niterói tiveram vontade de ir a outras praias  do Brasil. 

Entrando novamente no ônibus, demoraria boas e longas horas, como iriam direto  foram no mesmo ônibus. Durante a viagem ouviram música, mas logo ficaram  entediados, então passaram toda viagem jogando jogos sem internet. 

Por ser uma cidade tropical, as águas eram azuladas e mornas, a areia era clara. 

Pararam um pouco para comer os alimentos que haviam levado. Comeram o pão  com patê e era muito, muito bom. O tempo era pouco, então migraram à Trilha do  Visgueiro. Pode parecer perigoso caminhar dessa forma, mas andaram  aleatoriamente pela floresta e era linda. 

Indo de novo em várias praias, de táxi, geralmente usado para a locomoção de  pontos turísticos, como eram seis pessoas tiveram que ir em táxis separados, em  duplas, Giovanna e Jamile, Lincoln e Heitor, Matheus e Sophia. 

Foram construir enormes castelos de areia, um reino de areia, a estrutura ficou  grande, não parecia um castelo, era mais um amontoado de areia. Pegaram  picolé. 

Já estava ficando tarde então procuraram por algum alojamento e acharam um  albergue, onde várias pessoas poderiam dormir em camas de beliches. Estadia 

para uma noite, pois sairiam na manhã seguinte. Assistiram ao filme “Todo mundo  em Pânico 1” e, após muitas risadas dormiram. 

Florianópolis 

Estavam prontos para partir de Maragogi a Florianópolis, gastando R$250,00 por  pessoa, isso só de ônibus convencional, ou seja, R$1,500,00!!! Definitivamente  Giovanna gastou em três viagens mais do que sua irmã com inúmeras compras da  Shopee. Tentaram esquecer o futuro prejuízo jogando sudoku, stop, charadas e  Minecraft, foi mais divertido. 

Juntando todo o dinheiro que tinham, sobrou R$32,00. Não havia como voltar  atrás. Fizeram um pacto entre eles, era não gastar de forma alguma esses  R$32,00. O diálogo foi o seguinte. 

— Gente, e agora? Vamos ter que dormir na praça.— Disse Jamile. — Já sei, vamos investir e dobrar o dinheiro! — Diz Lincoln. 

— Mas a gente nem sabe investir, vamos acabar endividados. — Giovanna disse. — Vamos fazer uma dança de rua — Diz Matheus. 

— Que tal vendermos pedrinhas que acharmos no chão?—Heitor diz. —Sério isso?!—Sophia pergunta. 

— Pessoal, está ficando tarde, depois podemos tentar pedir carona para o ônibus,  quem sabe ele deixa? Vamos aproveitar um pouco e até a viagem acabar não tocar  nesse dinheiro. — Jamile disse.

Concordaram em se preocupar depois com o dinheiro e apenas guarda-lo. 

Foram à Catedral Metropolitana de Florianópolis para ver e a igreja, era bem  grande e linda, aberta gratuitamente. Depois, indo para a rua Felipe Schmidt,  Matheus ainda queria dançar, mas não concordaram. 

Não tinham palavras, era absolutamente fantástico. A rua foi fundada em 1897, há  127 anos atrás.  

Queriam terminar o passeio indo à escadaria de Rosário, inaugurada em 1830,  uma das mais antigas de Florianópolis, usada para facilitar o acesso à igreja de  Nossa Senhora de Rosário e São Benedito. A igreja foi reerguida por escravos e  

negros libertos, sendo uma herança da cultura da comunidade negra. Todos esses  pontos turísticos se localizam no mesmo bairro, nomeado Centro de  Florianópolis. 

Florianópolis, assim como as demais cidades, foi povoada por povos indígenas,  carijós, bem antes da chegada dos europeus. Ela foi inaugurada em 1675.  Disputada pelos espanhóis e portugueses devido ao fato de ter geograficamente  uma posição favorável. 

— Eeh, pessoal… Eu acho que no momento que fomos caminhar o dinheiro caiu,  ferrou! —Diz Heitor. 

— Quê?! Quem teve a proeza de perder o único resto de dinheiro que tínhamos?!— Sophia questiona. 

— A gente vai ficar preso aqui para sempre?! Como minha mãe vai ficar?— Matheus pergunta. 

— Desde o início da viagem eu senti que teria algo errado. Por que eu inventei de ir  junto com esses doidos? —Giovanna se questiona.

—Ei vocês, eu sou da polícia. Houve a notícia de um grupo de crianças andando  por cidades sozinhas. Fiquem aqui, vou chamar o conselho tutelar.—Diz um  policial. 

— Não moço, por favor, era tudo apenas uma gincana do Fibra-on-Line. Tipo, a  gente viajou para três cidades— Lincoln responde. 

— Isso, deveríamos fazer uma viagem a três cidades e depois relatar e o grupo que  ficasse em primeiro lugar ganharia R$ 1.000 para dividir. Eu posso te mostrar no  meu celular, olha, uma viagem, viagem virtual?!— Diz Jamile. 

— Ninguém me contou que era uma viagem virtual.— Diz Sophia. — Minha pressão está até caindo. — Diz Giovanna. 

No fim, nossos pais foram advertidos e recebemos uma bronca colossal por sair  de casa.